25 dezembro 2006

Depois do Natal

Gravada por Nana Caymmy, com música de João Donato e letra de Lysias Enio e João Melo, esta música sempre me lembra um grande amigo, Edvaldo, um alegre companheiro que se foi. Como Papai Noel não passa mais por aqui....

Depois do Natal

Chega o dia a gente entende
Que o amor teve um ponto final
O Natal já chegou de repente
sem presente nenhum para dar
nosso sonho feliz que se foi
a brincar como duas crianças
E querer um brinquedo,
Esperanças,
Tudo foi, já passou!

Mas eu quero o Natal novamente,
Todo festa e alegria geral
Com você ao meu lado, tão lindo,
O meu sonho, o meu mundo ideal,
O presente será como sempre
eu queria e sonhava afinal
o presente é você,
meu Natal.

22 dezembro 2006

Buenos Aires


BAires é o melhor destino GLS da América do Sul. Aqui, vc tem excelentes dicas para aproveitar bem a cidade.

Férias de Verão


Artigos indispensáveis nas necessaires: chá de camomila e paciência! E o Ministro ainda diz que está tudo bem!

Presépio com Cotas

Depois de Baltazar, o rei negro,agora o casal gay!O ser humano caminha....

18 dezembro 2006

Nova Aliança

Alonilson da Silva Hora, 37, casado e com duas filhas, é motorista de táxi há 10 anos no Rio de Janeiro, depois de passar sete anos como bancário e outros seis trabalhando com turismo. Certa vez, ao transportar um casal de namoradas que reclamaram de terem sido tratadas com indiferença ou como se fossem doentes por outros taxistas, teve a idéia de criar uma empresa especializada em atender a clientela gay, lésbica, transexual e travesti do Rio.

O que era apenas uma idéia na cabeça virou realidade há um mês e meio no Rio de Janeiro. Nilson desligou-se da cooperativa de táxis na qual trabalhava e fundou a empresa Nova Aliança, que funciona 24 horas atendendo clientes que querem um táxi pelo telefone de sua central. A empresa prestadora de serviços (que ainda não é cooperativa) atualmente conta com vinte e oito carros, mas há vários motoristas interessados em se associar à nova empresa.

Ele reforça que há poucos carros, no início, porque leva muito em conta a qualidade do trabalho prestado e precisa, desde o primeiro momento, certificar-se de que todos os taxistas que se associarem saberão respeitar os passageiros. Os vinte e oito motoristas que já fazem parte da Nova Aliança estão preparados para não reagir estranhamente a beijos de casais gays no banco de trás do táxi, por exemplo. “Meu objetivo é realizar um trabalho seletivo e confiável. Eis porque cadastraremos os clientes que desejarem. Teremos um endereço de referência no sistema, para sempre buscar ou levar o cliente a esse local. Queremos nos diferenciar dos cerca de 38 mil táxis existentes na cidade”, diz Nilson, não escondendo que, claro, um dos objetivos é o comercial, além daquele da diminuição do preconceito.

Os táxis da Nova Aliança não ficarão parados em porta de clubes na cidade. Eles estarão disponíveis para os clientes por telefone, no número (21) 2229-6896. Clientes cadastrados terão 10% de desconto. Os carros possuem ar-condicionado e o taxímetro só será acionado na porta do cliente. Também foi criada uma comunidade no Orkut para a empresa, que está recebendo enorme atenção da mídia, de grandes jornais a televisões.

Importante lembrar que a empresa não é exclusiva para o público gay, mas sim especializada em bem atendê-lo, com conforto, pontualidade, segurança e qualidade, podendo ser contratada também para eventos. O objetivo maior é que héteros e homossexuais possam conviver em harmonia, cada um respeitando o outro.

16 dezembro 2006

Fashion Week 2008

Vem aí o pinto emborrachado!
Fico imaginando as situações esdrúxulas e constrangedoras que poderão ocorrer!
Com CFC ou sem CFC? Sexo contra a camada de ozônio? Vamos ver!

Borat

Se você ainda não viu, veja! A entrevista do Borat no David Leterman foi de chorar de rir ( O David chorou!)!

http://www.youtube.com/watch?v=bhPoHWweEqk (Borat no Sul dos EUA)
http://www.youtube.com/watch?v=9d-qsnMPC0g (Borat no serviço de encontros)
http://www.youtube.com/watch?v=vFP-MktgOKU (The Best of..)

Se vc não fala inglês, sorry!

15 dezembro 2006

Abaixo-Assinado Global?



Em 75 (setenta e cinco)países, o homossexualismo ainda é visto como crime!Isto em pleno século XXI!Louis-Georges Tin, criador do Dia Internacional Contra a Homofobia, está iniciando uma campanha para que a ONU adote uma resolução pedindo a descriminação do homossexualismo.

14 dezembro 2006

Just Say No!!

Em vista dos últimos assassinatos de gays, apenas pelo fato de serem gays, acho que deveria ser iniciada uma campanha dirigida aos héteros, ensinando-os a dizer Não!
Que tal? JUST SAY NO!!

13 dezembro 2006

A Paz dos Cemitérios

Será que a inclusão social plena dos homossexuais somente será atingida pela extinção destes? Mais um caso de assassinato pelo simples fato de uma das partes ser gay!

08 dezembro 2006

MODERNIDADE

Ser moderno é acompanhar os tempos, não fazer discursos vazios, sem compromisso com a realidade e o dia-a-dia
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ATIVISTAS JUDEUS HOMOSSEXUAIS SAÚDAM DECISÃO SOBRE RABINOS GAYS NOS EUA

NOVA YORK, 7 dez (AFP) - Ativistas dos direitos dos judeus homossexuais qualificaram nesta quinta-feira de vitória a decisão, adotada na véspera pela mais alta entidade legal do braço conservador do judaísmo de permitir que gays e lésbicas sejam rabinos.

A Assembléia Rabínica do Comitê de Lei Judaica e Padrões adotou nesta quarta-feira três opiniões legais contraditórias: duas condenando a homossexualidade e uma terceira abrindo o caminho para a ordenação de rabinos homossexuais.

A decisão dá às sinagogas a opção de ordenar gays e lésbicas e permite, ainda, a celebração de uniões de casais do mesmo sexo, embora não trate especificamente do casamento gay.

"É um momento muito significativo para gays e lésbicas no mundo religioso judaico", assegurou após a decisão a rabino Ayelet Cohen, da Congregação Beth Simchat Torah, de Nova York, a maior sinagoga do mundo para a comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

"Infelizmente, é uma vitória com reservas", disse à AFP, descrevendo a decisão como "mais um passo na direção correta".

"Abre as portas para permitir abertamente que os gays e lésbicas se tornem rabinos no movimento conservador", acrescentou, "mas ainda há um longo caminho a percorrer".

A decisão de quarta-feira dividiu os 25 rabinos do comitê, quatro dos quais renunciaram em protesto, entre eles o rabino Joel Roth, que foi citado pela mídia dizendo que a decisão foi além da autoridade da instância.

jah/ejp/mvv

05 dezembro 2006

Amor Total!

NAMORO GAY EM CEMITÉRIO DE FRANCA ACABA NA DELEGACIA


A polícia de Franca advertiu dois homens por atentado ao pudor quando namoravam no cemitério municipal na tarde de terça-feira, dia 26 de novembro passado.

Os policiais foram chamadas por funcionários do cemitério, que haviam recebido uma reclamação de uma viúva foi visitar o túmulo do marido e encontrou os dois nus, sobre a lápide.

No boletim de ocorrência na delegacia, consta que ambos estão na faixa dos 50 anos.

04 dezembro 2006

Bareback



Algumas pessoas (veja o artigo http://www.aquirola.com.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=1366&Itemid=92) encaram o bareback como uma opção!
Não é! O doente de AIDS gera custos sociais, atropela emocionalmente os que estão ao redor pela perspectiva de perda e sofrimento, além das conseqüências físicas do tratamento prolongado (redução dos efeitos e conseqüente procura por novos medicamentos, lipidodistrofia, etc). "Apodere-se de seu corpo, ele (é)único e te pertence!", conforme consta no artigo, não é um argumento válido. O componente auto-destrutivo dos adeptos do bareback deveria ser objeto de estudo!

02 dezembro 2006

Portugal,Meu ovo-zinho

A literatura dita GLS tem edições caprichadas em Portugal, fugindo do confessional e do mal escrito que nos atormenta neste país. Ainda iremos descobrir Portugal!!

29 novembro 2006

Portugal Gay

Quando escrevo que a vida ativista gay não pode se resumir a "casamento" e "combate à AIDS", é a coisas deste tipo que me refiro:
"PORTUGAL: Gisberta inspira peça de teatro
Terça-feira, 28 Novembro 2006

O homicídio da transsexual Gisberta, em fevereiro passado,(em Portugal) é o tema da peça «Auto do Branco de Neve e os seus Machões», que está a ser preparada pelo Teatro Viriato, de Viseu.

A peça, baseada num texto do poeta e romancista Armando Silva Carvalho, insere-se no projeto de teatro para jovens desenvolvido na 2ª edição do PANOS (Palcos Novos Palavras Novas), da Culturgest, e que em Viseu será orientado pelo encenador britânico Graeme Pulleyn.

O Teatro Viriato anunciou hoje que procura jovens entre os 14 e 20 anos que queiram entrar na peça, cuja preparação começará ainda este ano. As inscrições terminam a 15 de Dezembro.

Gisberta Salce Júnior, transsexual brasileira, foi mortalmente agredida por um grupo de adolescentes há cerca de nove meses, no Porto.

Na peça - diz o Teatro Viriato - aquele crime «mistura-se com a fantasia da «Branca de Neve e os Sete Anões» levando cada um a questionar-se sobre a sua influência no desenrolar da acção».

A estreia no Teatro Viriato está marcada para 5 de abril de 2007 e se a peça for uma das seis escolhidas entre os 25 participantes desta edição do PANOS, subirá também ao palco da Culturgest, entre 25 e 27 de Maio.

«Se o teatro é um caldeirão, onde se misturam ingredientes misteriosos, fantásticos, às vezes horrorosos, à procura de uma poção mágica que nos transporta, que nos alimenta e que nos faz delirar, «O Auto do Branco de Neve e os seus Machões» tem tudo que é preciso para se preparar um grande feitiço», considera Graeme Pulleyn.

Na peça em que os jovens de Viseu vão trabalhar, junta-se a fantasia de «Branca de Neve e os Sete Anões» com a realidade da morte de Gisberta e também «a eloquente poesia contemporânea de Armando Silva Carvalho» com «o teatro medieval do Gil Vicente».

«O autor do texto parte do assassinato da transsexual Gisberta por um grupo de rapazes menores e transfigura-o, recorrendo a personagens e situações da história infantil de Branca de Neve», explica o Teatro Viriato.

«O resultado é uma verdadeira farsa-trágica, que nos faz chorar e rir, que nos choca e que nos toca, uma explosiva mistela perigosa e encantadora», explica Graema Pulleyn.

Em «Auto do Branco de Neve e os seus Machões» é contada a vida de Gino/Ginette em três actos: «A Sala dos Espelhos», «O Baile» e «A Floresta».

A ação atravessa momentos como a definição do gênero do/a protagonista e o estar na discoteca, até ao «encontro com o grupo de adolescentes (que reagem com um misto de curiosidade e violência)», culminando com um final didático, em que o público «terá de ser responsável pela morte ou pela vida».

Graeme Pulleyn foi um dos fundadores do Teatro Regional da Serra do Montemuro, em Campo Benfeito (Castro Daire), onde trabalhou durante 12 anos como ator, encenador e diretor artístico. Em 2004, abandonou a companhia para seguir projetos pessoais e voltar a trabalhar com jovens atores.

Na primeira edição do PANOS, no ano letivo 2005/2006, o Teatro Viriato apresentou a peça Cidadania, de Mark Ravenhill, igualmente encenada por Graeme Pulleyn.

Inspirado no projeto Shell Connections do National Theatre de Londres, o PANOS - Palcos Novos Palavras Novas pretende aliar o teatro escolar/juvenil às novas dramaturgias.

(do site Portugalgay.pt)

27 novembro 2006

Calor!


É o verão que chega, preparando os corpos e os suores!
Ah! o que eu não daria por uma casa na serra!

25 novembro 2006

Apolo



Ainda o Kaváfi. A edição bilíngue da Odysseus é primorosa, embora um pouco cara.
Parq quem não quiser gastar, existe uma edição com tradução do José Paulo Paes, esgotada, mas fácil de encontrar em sebos.

Passagem

Aquilo que, timidamente, imaginou um escolar está patente,
manifesto diante de si. E vagueia, e passa a anoite,
e deixa-se arrastar. E, como é (para nossa arte) conveniente,
a seu sangue, novo e quente,
a volúpia desfruta. A seu corpo vence
uma ilícita embriaguez erótica; e os membros jovens
entregam-se a ela.
E é assim que um simples rapaz
se torna digno de que o vejamos, e é assim que pelo Elevado
Mundo da Poesia também ele passa, por um instante -
o rapaz sensitivo com seu sangue novo e quente.

24 novembro 2006

Com que roupa?


Casamento, por exemplo, aqui no Rio, com todo este calor: sem querer ser a noiva, uma roupa clara é "de trop"? Regata é só para a praia? Um amigo(??) convida vc para um churrasco no play (???!!!): bermuda e camiseta ou alguma coisa mais social?
Vc consegue conviver, ao mesmo tempo, com lã 120 e o calor do Rio? Que coisa!!!

Felice Picano


Não conheço nenhum livro dele editado em português, embora Like People in History e The Book of Lies estejam acima de 99 por cento da literatura gay publicada no Brasil.
Este poema é dele, embora ele não seja conhecido como poeta, e consta do Penguin Book of Homosexual verse, esgotadíssimo.


The Heart Has Its Reasons

Not because you didn't call.
I almost expected that.
Not because we set a date
you just couldn't make-
whatever your reasons.

Not because you never arrived,
never left a number to reach you.
For all I know you were hit by a car;
mowed down in some neighborhood war.

Not because the night I had planned
never got off the ground
never mind reach the heights.
We didn't have that much in common
except a good fit -
if you still can remember that fondly, that far.

No, not because you stopped a trip
never gave me the chance to decide
whether or not I'd take the ride,
whether I'd take the risk of true love or illusion.

But simple because
I straightened all day.
Washed all the glasses
changed pillows and sheets
cleaned out the closets
even laundered the drapes.
Did everything that was needed
if a guest like you was coming.

Did, in short, what could wait,
For that I could never forgive you.

Adoção

Está em todos os jornais, todos já sabemos.Mas e a vida, o dia-a-dia?
Que tal acompanhar um pouco para vermos o que realmente é isso?

17 novembro 2006

Continua....

Está lá, no mergulhão da Praça XV: "Tudo na Globo é mentira!!". E a Veja?

15 novembro 2006

Ele, o Judiciário!

Discute-se sempre qual o grande entrave para o País? Alguém disse claramente que é o Poder Judiciário, com todas as suas mazelas e meandros? Legal, imoral, amoral, ilegal, todas as palavras são manipuladas para que se encaixem nos seus (deles, é claro!) interesses!!!

Elizabeth Bishop

Este é um poema de Elizabeth Bishop(http://www.poetryconnection.net/poets/Elizabeth_Bishop), na tradução de Horácio Costa.. Nem sei se gosto muito desta tradução, mas o poema, nestes tempos, pode estar dizendo o que deveria ser gritado: talvez o processo da perda, conviver com a ausência, seja a grande lição a ser aprendida.

ONE ART

The art of losing isn’t hard to master;
So many things seem filled with the intent
To be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
Of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
Places, and names, and where it was you meant
to travel. None of this will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! My last, or
Next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
Some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan´t have lied. It´s evident
The art of losing’s not too hard to master
Though it may look (Write it!)like disaster.

UMA ARTE

A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.

Perca algo a cada dia. Aceita o susto
De perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.

Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
Lugares, nomes, onde pensaste de férias
Ir. Nenhuma perda trará desastre.

Perdi o relógio de minha mãe. A última,
Ou a penúltima, de minhas casas queridas
Foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.

Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
Pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
Continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.

-Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda – escreva tudo! – lembre desastre.

14 novembro 2006

O tempo....

As discussões na internet e orkut, às vezes, traçam fachos de luz sobre assuntos que permaneciam capengas por ai. Este é um link para um excelente artigo do Marko Monteiro, o qual tomo a liberdade de divulgar. vale a visita, vale o tempo!

http://www.artnet.com.br/~marko/ohomoero.htm

07 novembro 2006

Kavafis

Já postei alguma coisa, mas tenho que falar da nova edição bilíngue - grego/português-
da Odysseus, que é uma beleza.Custa caro, mas vale cada centavo!

Jura

Jura de quando em quando
começar uma vida melhor.
Mas quando vem a noite, com seus próprios conselhos,]
com seus compromissos e com suas promessas;
mas quando vem a noite com sua própria força,
para a mesma alegria fatal de seu corpo
que quer e que reclama, perdido, ele retorna.

06 novembro 2006

GLS, GLBT, GLSTUVWXYZ

Estamos na moda, ou melhor, a midia resolveu focalizar o mundo gay novamente. Até reportagem na edição de domingo (5/11/06) de O Estadão!!!! Revista Rioshow, Revista Programa, lançamento de revista direcionada ao segmento, com direito até a Amauri Junior....Fancy!

Cole Porter

Adoro a música "You´re the top". Há uma paródia, suspeita de ter sido escrita pelo próprio Cole Porter, de You´re the top (..you´re Garbo's salary, you´re cellophane(!!!),... I'm a toy balloon that is fated soon to pop...), que é muito engraçada! Como o próprio organizador do livro escreve, esta é uma letra difícil de ter uma registro exato, já que praticamente todo mundo que a cantou acrescentou ou mudou alguma coisa!!! Originalmente, tem 7 (sete!) refrães (juro que eu consultei o Houaiss!!!), e a paródia do Cole Porter é esta:

You-re the top
You´re Miss Pinkham's tonic.
You´re the top!
You´re a high colonic.
You´re the burning heat of a bridal suite in use,
you´re the breasts of venus
You´re the King Kong´s penis,
You're self abuse.
You're an arch
in the Rome collection.
You´re the starch
In a groom's erection.
I"m a eunuch who
Has just been through an op,
but if, Baby, I'm the bottom
You´re the top.

Na verdade, tudo em Anything Goes é genial! Há I get a kick out of you, Where are the men?, You're the top!, Anything goes, Waltz down the aisle e, escrita especialmente para Ethel Merman, Kate the Great, com o maior volume de double entendre que eu já vi em uma letra de música!!!

04 novembro 2006

Mário de Sá-Carneiro


Ápice

O raio de sol da tarde
que uma janela perdida
refletiu
num instante indiferente -
arde,
numa lembraça esvaída,
À minha memória de hoje
subitamente...

seu efêmero arrepio
zig-zagueia, ondula, foge,
pela minha retentiva...
-e não poder adivinhar
por que mistério se me evoca
esta idéia fugitiva,
tão débil que mal me toca!...

-Ah! não sei por quê, mas certamente
aquele raio cadente
alguma coisa foi na minha sorte
que a sua projeção atravessou...

Tanto segredo no destino de uma vida...

É como a idéia de Norte,
Preconcebida,
que sempre me acompanhou....

31 outubro 2006

Cabrotinho e Mula

Quatro anos desta fantasia zoológica atormentada!!!

30 outubro 2006

Literatura Gay - 2ª parte

2a. parte
Com relação a ser sempre erótica: não, não acho que seja sempre erótica. Há livros ótimos, escritos por gays e com temática gay, que não se fixam no aspecto sexual das relações. Por exempo, Felice Picano, Bernardo Carvalho, Ethan MOrden...
Considerando que a questão (homos)sexual é definidora do campo de atenção, acredito ser difícil ignorá-la totalmente. Bom, mas isso vale para qualquer tipo de literatura.
Gostaria muito de ver uma grande editora lançando livros bem escritos, de bons autores (Morden, Picano, Keenan, Leavit, HOlleran, tantos outros...), e também bons estudos sobre a questão homossexual. Isherwood foi quase todo traduzido, mas não houve nenhum trabalho de divulgação! Evidentemente, não vai vender nada!
Bom, a discussão está aberta, vamos em frente.

Discussão: Existe literatura gay?

É um tópica da comunidade do orkut, Romancistas gays".É uma discussão interessante.
"A revista Cult públicou um número dedicado à literatura gay, o de número 66, onde, na capa, já havia uma pergunta que considero um grande equívoco,"Literatura gay: bandeira política ou gênero literário?". Erro esse decorrente do público entrevistado, pertencente a diversos partidos políticos. A partidarização da atuação gay é um dos motivos que afastam as pessoas de uma militância mais ativa, mais participativa.Apenas isso já me deixou reticente quanto à proposta da revista, mas antes alguma discussão do que nenhuma.
Ao ponto: não acredito que haja uma literatura gay, pura e simplesmente.Homossexual é o tema ou o autor? esta pergunta já foi feita aqui e não dá para responder sem escrever um livro.
Há autores héteros que escreveram histórias gay lindas e há autores gays que escreveram histórias hétero lindas.
Também não acredito que a literatura gay seja mais voltada para o erótico, embora a definição de "gay" e "homossexual" remetam sempre ao caráter sexual da definição. Rótulos, rótulos...
A produção acadêmica, aqui e lá fora, é grande, mas inacessível ao comum dos mortais, já que não é comercial. O setor de "Gay Studies" (aqui sim, referindo-se à definição "homossexual")da Amazon lista mais de 14 mil títulos (catorze mil!!!).
Na Strand, em Nova York, perguntei a um balconista de eles tinham um setor de literatura gay e a resposta ainda hoje me serve como farol quando vejo tentativas de aplicação de rótulos: "Não, não temos uma seção gay. Temos apenas bons livros nos mais variados campos da cultura."!!

20 outubro 2006

Jacob & Joshua



É uma sitcom gay, será que passará aqui?A série é sobre dois irmãos gêmeos idênticos que tentam a carreira no mundo da música. O link dá acesso a vários clips, músicas, etc.

http://www.logoonline.com/shows/dyn/jacob_and_joshua_nemesis_rising/videos.jhtml

19 outubro 2006

Poltergay!!!


Como é francês, devem falar à beça no filme. É um filme de Halloween gay, sobre um casal que se muda para uma casa (mal?bem?) assombrada por cinco (5!) fantasmas gaysésimos, que só são vistos pelo marido!Sendo um filme francês, fica a pergunta: este é mais um caso de alguém saindo do armário, descobrindo-se gay? Afinal, a tagline do filme é "Fantasia Sexual ou Fantasma?".

Pà pro Papa!!

Mais uma vez, o Papa da vez segmenta o amor, o carinho, o "Amai-vos uns aos outros"!!!Seja infeliz e vá para o Céu, colha suas recompensas inundadas em lágrimas!
Os termos que Sua Santidade usa: "amor desviante", "fracas e desviantes".
Esta confusão de fé com direito civil ainda vai dar muita confusão, como já deu no passado.Sacramentos são instituições da Igreja Católica, não confundamos as coisas, por favor!!

Para quem quiser se inteirar mais profundamente: artigo no O Globo, http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2006/10/19/286155734.asp

16 outubro 2006

ABGLT

Ótimo termos tanta gente preocupada conosco, mas ser ativista e homossexual não é preocupar-se apenas com AIDS E união civil. Entre uma e outra, além das paradas, há todo um universo que tem de ser explorado, sustentado, incentivado!! Algumas sugestões:
1- linha de financiamento para compra de casa própria, permitindo a soma da renda dos candidatos;
2- formação de uma bibliografia temática, para consulta;
3- incentivo à participação dos autores e obras GLTSXYZ nas bibliotecas;
4- incentivos para criação de clubes/centros nas periferias para assistência ao adolescente homossexual.

Parando para pensar, visitando o site, continua tudo como dantes...

Rosa Passos


Sentado à beira do caminho, sozinha, vale um ano de qualquer FM! E tem muito mais coisas....
Mas quando é que vão relançar Recriação, onde está a maravilhosa "Bolero de Esperar"..."meus dedos aprenderam tantos gestos, diretos e discretos de carinho, é pena que eu te veja tão de perto e tenha que ficar aqui sozinho..."? e ainda tem Formicida, Corda e Flor, que Nana Caymmi transformou em clássico.

Atraso

A Colômbia, Colômbia!!!! aprovou a lei da união civil para homossexuais!
Enquanto isso, na terra de Lula-Babá....

14 outubro 2006

AH! O Cabrotinho

Cabritinho seria óbvio demais, só isso!Mas também serve!
Agora, em conluio com o Minc, disse ter recebido o apoio da comunidade gay.
Acredito que eles achem que o Grupo Pela Vida representa toda a comunidade gay!
Sérgio Cabral Não!

Ainda Sophia!




"Através do teu coração passou um barco
Que não pára de seguir sem ti o seu caminho"

12 outubro 2006

Ainda Sophia

A vida, às vezes, nos reserva agrados, presentes, que, como escreveu Conan Doyle, "são, como as flores, um plus que Deus coloca no mundo para nos lembrar das possibilidades do ser humano".Encontrei o terceiro volume da obra poética de Sphia Breyner Andresen em um camelô no Leblon!!!Só mandando rezar uma missa!!!

Sophia!

Sophia de Mello Breyner Andresen, a começar pelo nome, uma princesa, escrevia principescamente: elegante, chic, seus poemas são belíssimos.
Não era gay, mas qual beleza é?

Em Nome


"Em nome da tua ausência
Construí com loucura uma grande casa branca
e ao longo das paredes te chorei."


Assim, três versos, e é tudo!

11 outubro 2006

Informações

A revista Mente e Cérebro traz uma reportagem muito interessante: "Existe Escolha? As múltiplas raízes da homossexualidade".
Há textos de Robert Epstein, Suzana Herculano-Houzel e Graziela Haydée Barbero, mais um texto sem crédito, que traz uma tábua do tempo com algumas informações interessantes.
A bibliografia que consta nas matérias também ajuda, mas poderia ser melhor.
Informar-se nunca é demais!!

08 outubro 2006

Raimundo Pereira


Raimundo fez um lindo trabalho no Atobá. Partiu neste sábado, mas seu trabalho deixará marcas duradouras. Paz!

07 outubro 2006

Sérgio Cabral

Sérgio Cabral retirou seu projeto de união civil para pessoas do mesmo sexo!
Ok. ninguém é obrigado a apoiar nada, mas mentir tão descaradamente apenas reforça a péssima idéia que eu tinha do Cabrotinho (Cabral+Garotinho!!).Se o projeto da Martha era tão melhor (e é mesmo!), qual a razão dele ter apresentado o dele ou não tê-lo retirado antes?
A mentira tem pernas curtas, Cabrotinho!!!

Ainda o Cabrotinho!

Nas afirmações do Cabrotinho, há uma que merece atenção especial, minimizando a reação do Grupo Arco-Íris: "...Mas não foram ao Congresso brigar pelo meu projeto. Nunca ouvi uma entidade defender o meu projeto. Há uns oito meses várias entidades foram ao Congresso mas preferiram falar da lei da Marta sobre a parceria civil".
Seria esse mais um dos santos efeitos pérfidos da partidarização do movimento GLBT??

06 outubro 2006

Hiato


Estive em Franca, daí estes dias sem posts. Fui ver minha família, as pessoas que elegi para fazerem este papel na minha vida.Obrigado, sempre!Na foto, Paulo, Tamema, Carolina, Maíra e Juninho. Faltam na foto, mas estão sempre na minha vida, Paulo, Rosa, Luis Felipe, Olga e Marta, e mais alguns que não cito, mas não amo menos!

Revista Studium



Editada por Fernando de Tacca, a revista Studium traz excelentes trabalhos sobre Fotografia. Vale muito a visita!!
Esta foto é de um trabalho sobre a Guerra Civil Espanhola.

27 setembro 2006

Um Ano Sem Amor


O filme argentino “Un año sin amor” (Um ano sem amor), da diretora Anahí Berneri, ganhou o prêmio do júri de melhor filme no X Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa.

Trata-se da história de um escritor soropositivo, que tenta encontrar amor e compreensão nos hospitais e night clubs de Buenos Aires.

Como melhor documentário foi selecionado “Au-Delá de la Haine”, de Olivier Meyrou (França, 2005), que segundo o júri não se limita apenas à homofobia, mas também ao ódio com um fenômeno universal.

Quem levou o Prêmio do Público foi o filme “Hitchcocked”, do norte-americano David M. Young.O filme trata de encontros via Internet, que acabam bem ou, às vezes, não.

26 setembro 2006

Pergunta

Fui amado assim?
Sou amado assim?
Serei amado asssim?

"Como um maldito cão sob a mesa,ganindo,
apavorado/encantado por ser amado!"

William Dickey

Difícil encontrar informação sobre ele na Net.Este poema está na coletânea "Love Speaks Its Name", da Everyman´s Library, edição Pocket.

The Food of Love

I could never sing. In the grade-school operetta
I sat dark offstage and clattered coconut shells
I was the cavalry coming, unmusical, lonely.

For five years I played the piano and metronome
I read Deerslayer in small print while I waited for mu lesson,
and threw up after the recital at the Leopold Hotel.

I went to a liberal college, but I never learned
how to sit on the floor or help the sweet folk song forward.
My partridge had lice, and its pear-tree har cutt-worm blight.

Yet this song is for you. In your childhood a clear falsetto, now you sing along in the bars, naming old songs for me.
Even drunk, you chirrup; birds branch in your every voice.

It´s for you, what I never sing. So I hope if ever
you reach, in the night, for a music that is not there
because you need food, or philosophy, or bail,

you'll remember to hear the noise that a man might make
if he were an amateur, clattering coconut shells
if he were the cavalry, tone-deaf but on its way.

25 setembro 2006

Musa!

Ouço quatro a cinco vezes seguidas, a cada vez que coloco o CD no aparelho! Melancólico, permeado de uma tristeza aceita, antes uma companheira que uma antagonista! O clip de Half the Perfect World está disponível em http://www.madeleinepeyroux.org/bluealert.asp

24 setembro 2006

Hello Sailor


A exposição deve ser uma delícia, o livro já está na Amazon!! Ambos falam (sobre) e mostram o papel desempenhado pela Marinha em meados do século passado como refúgio para os gays britânicos, quando praticar atos homossexuais era considerado crime. A exposição está em Liverpool, mas o sítio do Museu já dá uma boa idéia, com várias fotos!

23 setembro 2006

Pesquisa Globo/Orkut nº 2

Os homossexuais foram divididos em catorze grupos (porque não 15 ou 13, ou 22? Era o espaço disponível para a reportagem ou a folha de pesquisa não comportava mais desdobramentos?) por Tarcísio Torres Silva, que alega ter interagido com usuários do Orkut.

Dando "credibilidade" ao trabalho, cada grupo tem sua devida explicação!!Fetiche da farda!!!!, confundindo atração com comportamento!!! Homens que gostam de travestis!, novamente, a confusão! E se sou sarado e gosto de travestis? Limbo!!!E, se por um castigo divino, sou EMO (???????) SARADO e BEM INFORMADO (Deus do Céu!!!!), qual o círculo do Inferno devo ocupar???

Francamente, O Globo já tratou melhor dos assuntos que se propõe a discutir!!!

22 setembro 2006

Climão

O Ginsberg, como membro da Generation Beat, curtiu muito a "alienação física", descuido com aparência (formal e estilística). Há um poema dele, do qual reproduzo um trecho, que é muito agressivo e excitante.
O poema chama-se "Please Master" e desconheço se há tradução para o português.

Please master can I touch your cheek
please master can I kneel at your feet
please master can I loosen your blue pants
please master can I gaze at your golden-haired belly
please master can I gently take down your shorts
please master can I have your tighs bare to my eyes
please master can I take off my clothes below your chair
please master can I kiss your ankles and soul
please master can I touch lips to your hard muscle hairless thigh
please master can I lay my ear pressed to your stomach
please master can I wrap my arms around your white ass
please master can I lick your groin curled with blond soft fur
please master can I touch my tongue to your rosy asshole
please master may I pass my face to your balls,
please master, please look into my eyes
please master order me down on the floor
please master tell me to lick your thick shaft
please master put your rough hands on my bald hairy skull
please master press my mouth to your prick-heart
.... (e vai em um crescendo, descrevendo a relaçao s&m..., até:)
Go moan O please master fuck me like that
in your rhythm thrill-plunge back-bounce & push down
till I loosen my asshole a dog on the table yelping with terror delight to be loved
please master call me a dog, an ass beast, a wet asshole
&fuck me more violent, my eyes hid with your palms round my skull
&plunge down in a brutal hard lash thru soft drip-flesh
&throb thru five seconds to spurt out your semen heat
over&over, bamming it in while I cry out your name I do love you.

(retirado do Penguin Book of Homosexual Verse, pag. 339/340)

19 setembro 2006

Pesquisa O Globo/Orkut


Não é permitido copiar, então vou citar apenas algumas coisas que saíram na reportagem sobre comportamento realizada pela O Globo Revista (para quem não é do Rio, é a revista que acompanha as edições de domingo do jornal O Globo)com ares de seriedade e trabalho científico!

Francamente, a ânsia pelos holofotes, a vontade de vender a imagem de "representante da classe" ou "porta-voz" é lamentável, para não dizer triste.

A declaração de Davi Brazil, um famoso "quem?", diz tudo: "....nunca sofri discriminação. Piadinhas sempre ouvi, principalmente quando vivia na Paraíba."

Ora, por favor!!! e, acrescentando presunção à ignorância, ele continua "É preciso saber se comportar diante das crianças!".

18 setembro 2006

Evento


Será realizado, nos dias 7 e 8 de outubro, no Vale do Anhangabaú,  em parceria com a Associação Vida Positiva, Prevenção e Cidadania, o Projeto Virada Cultural na luta contra a Aids, pela informação e prevenção. Nesses dias, entre as 10h do dia 7 às 20h do dia 8 haverá shows, arte, música, teatro, skate vertical, além da presença de ONGs.

Vale lembrar que a luta contra a Aids é manifestada apenas no dia 1º de Dezembro (Dia Mundial da Luta contra Aids) e no carnaval.

De acordo com a Revista Época, uma pessoa é infectada pelo Vírus HIV a cada 6 minutos no mundo todo.

Precisamos ser mais rápidos que o vírus.

13 setembro 2006

Votação na eleição




Onde estão os candidatos com propostas sérias? Há alguma proposta séria? Há alguma proposta?Há alguém sério?

08 setembro 2006

Cláudio Willer II

Depois do feriado, um texto-poesia do Cláudio Willer, de quem já postei um poema aqui.

ANOTAÇÕES PARA UM APOCALIPSE

(publicado em Anotações para um Apocalipse, 1964)
I
A Fera voltará, com seu rosto de tranças de prata, nua sobre o mundo. A Fera voltará, metálica na convulsão das tempestades, musgosa como a noite dos vasos sanguíneos, fria como o pânico das areias menstruadas e a cegueira fixa contra um relógio antigo. Um sonho assírio, eis nossa dimensão. Um crânio amargo, velejando com a inconstância do sarcasmo em meio a emboscadas de insetos, um crânio azul e sulcado, à janela nos momentos de espera, um crânio negro e fixo, separado das mãos que o amparam por tubos e esmagando os brônquios da memória – assim se solidificarão as vertigens jogadas sobre a lama divina. O incesto é uma tempestade de luas gelatinosas e a mais bela aspiração dos membros dissociados. Em cada órbita uma avalanche de sinos férteis e de arcanjos terrificados pela sombra. O incesto é o sonho de uma matriz convulsiva e o mais profundo anseio das cigarras. Vaginas de cimento armado e urnas sangrentas, impassíveis contra um céu de veludo, guardiãs de oceanos impossíveis. Milhões de lâminas servem de ponte para os desejos obscuros – a mais afilada trará a nossa Verdade.

04 setembro 2006

Hipocrisia Mata!!!




Pouco divulgada, a XVI Conferência Internacional sobre Aids, realizada em Toronto, chegou a conclusões espantosas: o número de infectados e mortos nunca foi tão grande, e este crescimento está diretamente relacionado ao não-cumprimento das promessas de financiamento de pesquisa e tratamento, feitas pelos países do Grupo G8, liderados pelo nosso Grandde Irmão do Norte.
Bate-bocas entre médicos e representantes governamentais e conclusões alarmantes: o número de infectados aumentou, principalmente nos países onde existe acesso aos mecanismos de prevenção e à informação; o preconceito contra os soropositivos apresenta um crescendo e tem efeitos negativos no trabalho de prevenção.

Para quem quiser se informar mais, http://www.tetu.com/rubrique/mag/mag_dossier_detail.php?id_dossier=170

31 agosto 2006

Roberto Piva




Um poeta anarquista, um Allen Ginsberg tupiniquim, infelizmente pouco reconhecido e difícil de encontrar. Só para alegrar seus olhos:

Praça da República dos meus sonhos

(...)
os veterinários passam lentos lendo Dom Casmurro
há jovens pederastas embebidos em lilás
e putas com a noite passeando em torno de suas unhas
(...)

* * *

O jardim das delícias


(...)

relâmpagos do mesmo líquen magnético de tua boca
de quinze anos
quando não vais à escola para assistires Flash Gordon
& ler Otto Rank nas esquinas
o mundo continua sendo um breve colapso logo que as
pálpebras baixem
& meu amor por ti uma profanação consciente de
eternas estrelas de rapina

* * *

abandonar tudo. conhecer praias. amores novos.
poesia em cascatas floridas com aranhas
azuladas nas samambaias.
todo trabalhador é escravo. toda autoridade
é cômica. fazer da anarquia um
método & modo de vida. estradas.
bocas perfumadas. cervejas tomadas
nos acampamentos. Sonhar Alto.

* * *

eu sou o cavalo de Exu
ebó
do meu coração
despachado
na encruzilhada dos cometas


Obs.:Não tenho autorização para reproduzir os poemas dele, mas mesmo assim o faço.
Obs.: O quadro é LA Pareja, de Carlos Gershenson

29 agosto 2006

D.H.Lawrence

Muito conhecido pelo O Amante de Lady Chatterley, escrito em 1928 e lançado em Florença, D.H. Lawrence era um excelente poeta, que tinha a admiração de Aldous Huxley, o que não é pouca coisa, e também foi elogiado pelo Ezra Pound (...ele foi moderno antes de mim!).
Uma amostrinha:

Elemental

Why don't people leave off being lovable
or thinking they are lovable, or wanting to be lovable
and be a bit elemental instead?

since man is made up of the elements
fire, and rain, and air and live loam
and none of these is lovable
but elemental
man is lop-sided on the side of the angels

I wish men would get back their balance among the elements
and be a bit more fiery, as incapable of telling lies
as fire is

I wish they'd be true to their own variation, as water is,
which goes through all the stages of steam and stream and ice
without losing its head

I am sick of lovable people
somehow they are a lie.

espero que vc goste!

Quando do centenário do poeta, a Alhambra lançou uma edição bilíngue, com tradução do Leonardo Fróes. Quem encontrar por aí, agarre!

26 agosto 2006

Jô Soares e o respeito

A empáfia, somada à presunção do entrevistador, fizeram da entrevista do Jô Soares com um dos autores do Aurélia um dos piores espetáculos do ano.Mas como acharam engraçado e a reação da platéia foi aquela que se viu, ....
Já enviei mensagens ao Jô, à Globo, ao Globo, aos autores do Aurélia, reclamando da falta de respeito. Acho que já passou a hora de deixarem de nos tratar como integrantes de um freak show e é preciso que exijamos respeito!

Inveja de São Paulo

São Paulo criou a Coordenadoria de Apoio à Diversidade Sexual. Dêem uma olhada na página e se perguntem o porquê do seu município não ter uma iniciativa semelhante.
Todo primeiro domingo de cada mês há um evento especial realizado no Belvedere 9 de julho.
E aí. César Maia? Vamos entubar mais essa?

23 agosto 2006

Thom Gunn




Acho que já postei THE HUG aqui, tempos atrás. Esta semana fui presenteado pelos deuses com Selected Poems - Thom Gunn - 1950-1975, em um sebo da cidade do Rio. Nestas horas, penso que há sentido nas coisas.

The Bed

The pulsing stops where time has been,
The garden is snowbound,
The branches weighed down and the paths filled in,
Drifts quilt the ground.

We lie soft-caught, still now it's done,
Loose-twined across the bed
Like wrestling statues; but it still goes on
Inside my head.

Cláudio Willer

MAIS UMA VEZ

(publicado em Jardins da Provocação, 1981)

mergulho no amor
com a cega convicção dos suicidas
penetro passo a passo
nesta região misteriosa
turva
opaca
aberta pelo encontro dos corpos
e sinto
outra familiaridade nas coisas
esta calma permanência dos objetos
agora formas de lembrar-se
o mundo
que se reduz a traços da presença
a realidade
que fala ao transformar-se em memória
tudo é conivência e signo
o espaço
uma extensão do gesto
as coisas
matéria de evocação
qualquer coisa treme dentro da noite como se fosse um som de flauta
e a cidade
se contorce e se retrai
MAIS UMA VEZ
ao abrir-se para este turbulento silêncio
de olhar frente ao olhar
pele contra pele
sexo contra sexo

16 agosto 2006

Glauco Matoso II

Um haicai sem rima
parece clima nublado:
Sombra de obra-prima.

Tudo se reduz
ao produto da ferida:
poesia e pus.

O poema é bom
quando tom combina com
aroma: marrom.

Que será que faz
do fugaz sopro dos gases
um dos tais haicais?

Fora da privada
fica mais politizada,
mas não muda nada.

Se o governo trai,
vai pra puta que o pariu!
Voto não tem pai.

Político gordo
faz acordo dos dois lados:
um pra cada lordo.

Eleição direta
tira do proleta a chance
de tirar da reta.

Presidente eleito
tem um defeito só: sempre
vem quem diz "Bem feito!".

Uma nação séria
não faz pilhéria das outras:
ri da sua miséria.

Golpe militar.
Basta um par de generais
num papo de bar.

Por mais que ele mande,
mais se expande o desrespeito.
O Brasil é grande.

Mais ou menos trens.
Multiplicação de filhos.
Divisão de bens.

Só sobrou a merda,
que sequer dá pro rateio,
pra atender a Esquerda...

Molhada é "meleca".
Se seca, já virou "monco".
Nariz não defeca.

O fedor do queijo
é o bocejo duma boca
que rejeita o beijo.

Um defunto horrendo.
Bem do fundo brota vida:
vermes se mexendo.

Catinga no ar:
carne, sangue, pus, catarro...
Lixo hospitalar.

Uma gota enorme
que dorme no microscópio:
cor de coliforme.

Merda dura é foda:
sai sem dó da tripa e — Ai! —
corrói a hemorróida.

Sai menos fedor
se a merda for arejada
no ventilador?

Puxa, como fede!
É de vaso sem descarga!
Tem tampa que vede?

Veja se me entende:
Tem de encarar cu sem medo.
Merda não ofende.

Bunda é que nem grimpa:
se repimpa enquanto pensa.
Nunca fica limpa.

Só cego não vê.
Você caga colorido.
Tá pensando o quê?

Colhões de mamonas.
Azeitonas de cabrito.
Pelúcia nas conas.

Duras são tuas fezes?
São reveses da clausura...
Só resta que rezes.

No trânsito lento
tento entrar na transversal.
Engarrafamento.
Cadáver no asfalto.
Do alto do viaduto
aplaudem o salto.

Chuva na avenida.
Cão desbrida na enxurrada.
Luta pela vida.

Casa com mansarda
não tarda a ser demolida.
Obra de vanguarda.

Travesti de porre.
Gilete no pó reflete.
Um pivete corre.

Cena original:
Vaginal como um paquete,
flui a Marginal.

Ator principal.
Palmas para o pipoqueiro
do Municipal.

Houve algum engano:
São João com Ipiranga
fica em São Caetano.

Rock sem guitarra
é fanfarra maquiada:
Só bundão se amarra.

15 agosto 2006

Conversão: mais uma face da homofobia?

Minha vida fora da Exodus.

Os danos causados às mentes gays jovens pelos grupos como o Exodus International podem ser devastadores. David Nuc Nguyen tem problemas até para escrever sobre o assunto.

Exodus International (an antigay site)



Eu me lembro de encarar meu reflexo no espelho do banheiro seis anos atrás. A água quente corria. Eu tinha uma navalha em minhas mãos, e estava pronto para fazer o impensável. Eu não podia mais conviver com a guerra que se desenvolvia dentro de mim. Tanto quanto eu me lembrava, eu passei minha vida lutando com a vergonha e culpa instiladas em mim pela minha formação católica.

Eu havia saído do armário há alguns anos, e fui pressionado por minha família a procurar ajuda com um cara chamado Jason, um conselheiro da Portland Fellowship, um ministério do "ex-gay" grupo Exodus International. Por três meses, nós lemos as Escrituras e rezamos, e partilhamos nossas lutas internas contra a homossexualidade. Se eu permanecesse no "estilo de vida homossexual", eu seria sempre "disfuncional, nunca um ser humano completo e nunca conheceria a paz", ele me disse. Essas sessões apenas aprofundaram meu ópdio por mim mesmo.

depois que desisti do aconselhamento, minha família desistiu de mim. Tive que sair de casa e abandonar meus sonhos de ir para a Universidade de Berkeley, California. Mudei para Seattle porque eu tinha uma bolsa para a Universidade de Washington. Arrumei um emprego com salário mínimo e às vezes tinha de optar entre pagar o aluguel ou comer. Esses anos foram os mais solitários e difíceis de minha vida. Eu pensava que Deus não permitia aos gays serem felizes e prósperos na vida.

Mas eu descobri em Seattle que não estava sozinho. À medida que me tornava um membro ativo de minha comunidade, eu encontrei outras pessoas com experiência semelhante. Chris Williams, 24, também tinha uma vida atribulada depois de seu encontro com a Exodus. "Mesmo depois de rezar e ir às sessões, eu não conseguia controlar me desejo por outros homens", ele recorda. "Eu resolvi me entregar aos meus desejos e entrava na Internet à procura de sexo anônimo. A culpa era insuportável. Subconscientemente, eu desejava destruir meu corpo, o que me permitia cometer o pecado". Não demorou para Williams ir para as ruas e usar drogas. Então ele contraiu HIV.

Assim como eu, Williams foi aconselhado pelo pessoal da Exodus. Mas eles mesmos admitem não serem conselheiros. Antes de escrever este texto, eu contatei Ron Shaw, que trabalha com Ministros Metanoia, um grupo da Exodus na costa dnorte do Pacífico. Na identificação dos emails de Ron, pode-se ler:"Ron Shaw não é um conselheiro licenciado pelo estado. Todos os conselhos oferecidos são baseados em princípios espirituais baseados na Bíblia". Shaw disse-me que ele ajudava as pessoas a "verem o comportamento que controla a vida delas e ajudava-as a descobrirem como escapar de um padrão de respostas escravizantes a estes impulsos".

"O conselho oferecido por Shaw parece um bocado com ciência. Um dos aspectos mais perigosos da "terapia reparadora" é que ela frequentemente usa linguagem pseudocientífica. Isto pode torná-la atrativa para as pessoas jovens. Esta terapia é baseada em preconceitos religiosos e políticos, e rouba das pessoas a chance de manterem uma vida feliz, produtiva, como saudáveis homens e mulheres gays, diz Matthew Brooks, um profissional de saúde mental em Seattle.

Minha luta é maior devido à minha experiência com a Exodus, mas não permito que isso destrua a minha vida. Chris também superou esta experiência e hoje ajuda outros jovens com problemas com drogas e com o HIV.Porém, a Exodus permanece comigo. Eu sinto que deus me castigará se eu escrever este trabalho e falar contra a Igreja. Felizmente, eu sou como meus pais, teimoso e determinado".

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Para alguém como eu, deserdado por ter assumido minha sexualidade, este texto é comovente e até sinto um certo alívio por não existir, no Brasil, um movimento tão forte de cura para os gays como há nos EUA. Porém, o ovo da serpente já foi posto, a bancada evangélica está ativa, boicotando qualquer iniciativa de garantia dos direitos dos homossexuais, lançando campanhas para cura no Estado do Rio. É preciso estar atento!!!!
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esta matéria foi publicada em The Advocate August 15, 2006

13 agosto 2006

Novo Astro


traduzido da The Advocate, edição de 15 de agosto de 2006

Embora muitos atores straights tenham feito papéis gays (Jake, Heath, Colin, Jude) é difícil de imaginar qualquer um deles sendo homem o bastante para fazer o que o novato Jesse Garcia fez para levantar o moral da equipe em um dia particularmente tenso das filmagens de Quinceañera. "Eu fui ao guarda-roupas e disse: Todo mundo está louco lá fora, dê-me algumas roupas", recorda o ator que até agora só havia feito alguns comerciais e pontas em The Shield, Unfabulous e Walkout."Então, eu andei um quarteirão e meio e entrei no set de saltos altos, mini-saia e top dez números abaixo do meu".
"Quando eu fazia comédia, eu tinha um personagem que se chamava Meringue, que era o máximo, então eu trouxe Meringue de volta, e todos morreram de rir", continua o novo astro.

"Foi como se Carmem Miranda tivesse baixado em Jesse", recorda o co-autor e co-diretor Jesse Westmoreland,(parceiro há onze anos do diretor de Grief, Richard Glatzer)

E Jerry está arrasando corações neste filme: ele faz o papel de um lavador de carros que é expulso de casa por ser gay e vai morar com um tio-avô (???). A eles se junta uma prima de Carlos, grávida aos quinze anos (daí o nome do filme), e também há o envolvimento de Carlos com os locadores, um casal gay.

“Na verdade, a história de Carlos é sobre homofobia na comunidade latina e racismo na comunidade branca america", explica Westmoreland."E Jesse é perfeito para o papel, com sua aura de vulnerabilidade inacreditável, apesar da cabeça raspada e das tatuagens".

O resultado final é um retrato terno e delicado de um jovem tentando encontrar-se em um mundo cheio de mudanças rápidas demais. “Jesse é um ator com muitas facetas emocionais e está pronto para novos desafios", disse Glatzer, "e possui aquela aura típica dos anos 5o, característica de Brando e Dean, onde vc não se pergunta sobre seu papel sexual, apenas permite que ele exerça seu encanto.”

Um exagero, evidentemente, mas que nós podemos aguardar para checar, já que o filme chamou o prêmio no Sundance e, certamente, virá parao Brasil.

07 agosto 2006

Glauco Matoso

ROMEU E EU
(conto dialético e, ipso facto, poema romântico)

Eu quero brincar com você.
Papai não deixa.
O Diretor proíbe.
A Esquerda se opõe.

Você me chama
e eu morro de vontade.
Papai me ameaça.
O Diretor me intima.
A Esquerda me aterroriza.

Saio escondido,
procuro por você,
mas eles me acham.
Papai me bate.
O Diretor me põe de castigo.
A Esquerda atenta contra mim.

Fico esperando,
você me procura,
nos encontramos no escuro,
nos pegam em flagrante.
Papai me expulsa.
O Diretor me interna.
A Esquerda me seqüestra.

Escapo e sobrevivo,
mas você não está livre.
É filho de seu Papai.
Disciplinado ao seu Diretor.
Prosélito da sua Esquerda.

Vivo solitário, você prisioneiro,
e não podemos brincar.
Castram nossa infância
porque você é igual a mim,
sua vontade igual à minha,
mas nos fazem diferentes.

Glauco Mattoso

06 agosto 2006

Toni Colette




Estrela de dois filmes com temática gay -Little Miss Sunshine e The Night Listener -, onde ela interpreta uma cega que pode estar sacaneando o protagonista, a atriz de O Casamento de Muriel (ela diz que não suporta mais ser lembrada pelo papel que lhe deu fama!) anda correndo mundo e dizem que vem ao Brasil.

Para quem não está ligando o nome à coisa, The Night Listener é o último livro de Armistead Maupin, autor de Contos da Cidade e seqüências,e o filme é estrelado por Toni Colette e Robin Williams, pqp.

Liberar Liberace




Vem aí a temporada Liberace! Dizem que será representado por Nicolas Cage , coisa que acho pouco provável, já que falta a ele o aplomb do Lib.
Apesar da antipatia que os grupos gays têm pela criatura - afinal, ele negou até morrer ser homossexual, processando todos que insinuassem sua condição -, ele é um ícone, que está em um momento de plena recuperação.

04 agosto 2006

5 coisas

Cinco coisas que um autêntico grupo pró-GLTB deveria fazer:

1) Mais que simplesmente lutar pelo "casamento gay", o movimento gay deve trabalhar para que todos os espectros de famílias - casados e tbem não tradicionais- tenham o suporte econômico e social para ser saudável e feliz. Isto quer dizer treinamento em casa para proporcionar uma atividade que traga rendimento à família, para que o convívio com os parentes seja menos traumático. O peso do conforto monetário no quadro de convivência diário nunca deve ser subestimado.

2) Os grupos gays deveriam trabalhar em conjunto com os sindicatos e grupos de trabalhadores para que sejam assegurados direitos básicos e também sejam trabalhados novos enfoques, tais como licença maternidade e paternidade para casais não tradicionais; parceria doméstica para qualquer tipo de casal; participação nos lucros, envolvimento do empregador e influência nas decisões do empregador.

3) Os grupos gays deveriam trabalhar com grupos religiosos nos assuntos que interessem a ambos os grupos, além de investir seriamente na separação efetiva de Igreja e Estado. É preciso fazer com que a Igreja veja a importância que a mobilização gltb pode vir a ter no alcance do bom êxito do trabalho.

4) Os grupos gays deveriam atuar junto aos grupos de seguro saúde, incluindo participação na discussão de métodos de controle de natalidade e também métodos de combate à AIDS que não sejam baseados na abstinência sexual.

5) Os grupos gays deveriam estimular a participação da comunidade gltb nos assuntos que interessem diretamente à comunidade, procurando conseguir uma representação dentro das associações de amigos de bairro ou semelhantes. A partidarização do movimento glbt pode ser extremamente contraproducente, já que , tradicionalmente, o movimento partidário é mais conservador.

É claro que mais coisas podem ser feitas, mas é importante que o movimento tenha maior visibilidade fora do esqueminha folclórico de "quero casas vestido de noiva...", estes posicionamentos de transferência que apenas reforçam o ideário preconceituoso.

Os cinco passos são uma idéia que copiei e adaptei do Michael Bronski, escritor e ativista americano. Em um país como o nosso, carente de quase tudo que é básico, pode parecer supérfluo este tipo de luta, mas é preciso que os horizontes sejam expandidos e não limitados à nossa incapacidade de desenvolver um país decente.

03 agosto 2006

Humor rima com dor




Como falar com humor daquilo que nos provocou dor suficiente para modificar nossa forma de ver o mundo? Walta Borawski percebeu uma nesga de luz nessas névoas pesadas dos sentimentos feridos de todos nós!

"English was only a second language..."

English was only a second
language, never second nature
to my maternal grandfather. He

would shout the heavy
fragments of sentence:
Money! Under! Mattress!

He didn't trust banks, he
knew that here in America
we hide things. When I

was 15 he wanted to see me
with my pants down I took
them off in his toolshed

He ran his fingers across
my pubic hair & said
Ah! Moustache! That year

he died & I began
looking for other men who'd
take this sort of interest

but it's never been the same
with the proper sentences.

O que vem por aí....

Proibiram a Deputada Alice Tamborindeguy de subir no carro de som na Parada do dia 30 de julho, no Rio de Janeiro. A razão? Ela não é do PT.

Ok, ela é do PDT, partido em que em não votaria nem amarrado, mas uma parada deveria estar acima destas coisas. Esta partidarização dos movimentos é que acaba afastando as pessoas, estar ali já é política suficiente.

A curta memória política do brasileiro está permitindo a esta escumalha petista a retomada daquele ar de vestais, acima do bem e do mal, com autoridade para sair julgando e apontando qualquer um!

Cuidado com as surpresas!!!

01 agosto 2006

Lance Mountain?


Gyllenhaal To Play Armstrong?

Deve haver alguma razão para que Jake e Lance estejam passando tanto tempo juntos (bom, alguma além daquela que a gente gosta de imaginar!). Dizem os blogs especializados de LA que a Sony está desenvolvendo uma biopic (filme biografia) de Lance Armstrong, sete vezes vencedor da Volta da França de ciclismo. Considerando a vida de Lance - infância sofrida, batalha contra o câncer nos testículos, retorno consagrador ao esporte - e o fato de Jake ter sido ciclista na adolescência (ué, já terminou???)Ele tem cara de menino!), tudo indica que vai rolar!!!

Drag Travolta????

A versão do musical do filme Hairspray, de John Walters, já começou e a grande estrela é John Travolta, no papel de Edna, que tornou famoso (no palco) o Harvey Fierstein (que também participou de Torch song Trilogy, entre muitos outros). Os comentários sobre o elenco, pelos atores que estrelaram a versão no palco, não são nada elogiosos. O ator principal da montagem da Broadway, Bruno Vilanch, disse que, "se eles queriam uma estrela, Brando seria e escolha ideal, mas já está morto. Mas é impossível um fracasso maior do que Battlefield Earth [maior fracasso já estrelado por Travolta], então, a escolha de Travolta é ok."
Continuando a destilar seu veneno, disse mais: "Se Hairspray não funcionar, pela menos foi algo que Travolta tentou. E se funcionar, ele será um Robert De Niro".

Para quem quiser maiores, informações, vá até http://www.imdb.com/title/tt0427327/.

31 julho 2006

Parada parada!!!

Michael Bronski tem vários livros editados, infelizmente, nenhum no Brasil, até onde sei. Através dos seus (dele) livros, tive contato com diversos escritores, estilos etc.Tenho e recomento PULP FRICTION e FLASHPOINT, para quem quer conhecer o trabalho.

Nestes dias de parada, reproduzo um artigo dele, escrito para o The Phoenix.com. Ele era companheiro do Walta Borawski, poeta, morto pela Senhora Sida em 1994.

Como se vê e analisa um evento como a Parada varia muito, mesmo entre os membros da comunidade. Festa é uma coisa, parada outra, protesto uma terceira...O que queremos de verdade?

Rain on the parade
Even for an old radical, there’s nothing really wrong with Pride as a party — until AIDS takes the person who taught you to see it that way

BY MICHAEL BRONSKI

I AM THE only person I know who was openly gay in 1969, lived in the tri-state area, and does not claim to have been at the Stonewall riots. If you put together all the people who claimed to have been at the Stonewall Inn on the evenings of June 27, 28, and 29, when fighting broke out between New York City police and the enraged denizens of Christopher Street following a raid on the gay bar, you would have enough people to fill Yankee Stadium every night of a World Series. The two most-attended events in New York in the 1960s — the 1964 World’s Fair (held in the aptly named Flushing Meadows) and the visit of Pope Paul in 1965 — have faded from most people’s memories. Stonewall, however, has become an epochal milestone. It looms so large in the contemporary gay imagination that it has become, like rainbow flags and pink triangles, a worldwide signifier of same-sex community. And why not? All political movements need slogans and symbols. Stonewall works just as well as “Make love, not war.”

So where was I on the evening of June 28? Probably seeing a double feature of art films at the Elgin or the Thalia — two run-down but always well-attended Manhattan repertory houses — and then going out for a hamburger. No one announced the Stonewall riots; either you were around or you weren’t. I did hear about the first riot the next day, but figured that it was a one-shot deal and never thought the energy would be sustained — albeit greatly abated — over two more nights. And even then the riot(s) seemed like small news. Although I was to become very involved in the new gay-liberation movement only weeks later, Stonewall did not mean much to me back then. Nor, I must say, does it mean a whole lot to me now. In June 1970, when New York held its first Pride march to commemorate the riots of the previous year, I went with great enthusiasm. But I have not attended a Boston Pride celebration since 1992.

At Dartmouth last year — where, as a visiting scholar, I teach an introductory course in gay, lesbian, bisexual, and transgender studies — I found myself spending an entire class trying to get students to attach less importance to the Stonewall riots, to stop fetishizing them as something they were not. After the class was over, I sat in my office and began thinking about my own relationship to Stonewall and to the annual Pride celebrations, both in Boston and around the world. There was a time when these events were vibrant and energizing for me. After I moved to Boston in 1971 (back when Pride was still a political rally), I attended every march here and in New York for over a decade. Why had I stopped going to Boston’s Pride?

The causes are both personal and political, threads so interwoven in my life that they seem not simply inseparable, but indistinguishable from one another. The most significant factor was this: Walta Borawski, my lover since 1975, became too ill and too weary to attend. Walta began exhibiting symptoms of AIDS-related illnesses in the late 1980s. By 1992, our yearly Pride outings were beyond his physical capabilities. Even if he used a wheelchair, the heat, crowds, and excitement took more out of him in fatigue than they gave him in emotional sustenance and pleasure. This was extremely painful, because Walta loved Pride. It was a time to dress up (well, more like dress less), to see people he had not seen for the past year, and to get lost in a cyclonic whirl of queerness that had been unimaginable to him growing up as a queer-bashed kid on Long Island. Pride was music, balloons, drag queens, cute men, and spectacle. A time to be out and outlandish. It was a carnival time — what medieval society would call “misrule,” or the world turned upside down. As a poet (who also read at Pride every year), Walta was entranced with the sheer otherworldly fantasy — not just the bar floats, marching bands, and fabulous drag, but the deeply subversive, antisocial, anarchistic side of Pride. Where the radical right would claim that Pride presented a portrait of the lunatics taking over the asylum, Walta saw it as the prisoners taking over — and dismantling — the prison.

Unless you grew up in the bleak, gray 1950s, it is difficult to understand the sheer exhilaration of Pride for someone of Walta’s (and my) age. The sheer size and communal breadth of Pride today was inconceivable in even 1969; in the 1950s it would have been truly unimaginable. For Walta and for many other gay people who were born in the decades before Stonewall, these celebrations were both dream and salvation — the redemption for years of abuse and scorn. That is why, when he became too ill to march, Walta’s pain and sense of loss were so acute. In 1991, he attended Pride with his AIDS support group; he did part of the march in a wheelchair, though he didn’t want to. By 1992, he covered the entire route in a wheelchair. He was determined to march — wheel? — the whole day. But I made excuses to stay home that year. I saw every day how much energy it took for him to get dressed, to eat, to do the simplest things around the house so as not to feel useless. It would have been too painful for me to see him gallantly holding on to this day that gave him such joy: on that morning, his valor, his emotional boldness, was as heartbreaking to me as it was inspiring. I knew that, barring a miracle, this would be Walta’s last Pride, and I was right. In 1993 he was too worn out to go even in a wheelchair, and on February 9 of the next year he died.

I HAVE thought of going to Pride in the years since Walta died. But not very seriously. I thought it would be depressing. I thought it would be upsetting. I thought it would be too painful. I did not want to go to Pride and think about death and dying. I could stay home and do that in the emotional safety of my own kitchen. But I have remembered how much Walta loved the march, our shared excitement about the day. And that led me to reach into the past to reflect on the part Pride marches have played in my life for almost a quarter of a century.

The idea of Pride made sense to me and my friends in the 1970s. It wasn’t because we were going to “celebrate gay pride” — we barely even knew what that might mean — but because we were accustomed to participating in political protest. I was in Students for a Democratic Society in the 1960s and worked on anti–Vietnam War projects. The idea of a gay march was simply an extension of being a leftist, a political radical. The 1971 march in Boston went from the State House, where we protested, to the Charles Street Jail, where we protested, to Boston Police headquarters, where we protested. Gay pride was, in many ways, not the only point of these marches: we were angry, and we wanted change; we were disenfranchised, and we wanted power. We were acutely aware of what was wrong with the world, and what our own government was doing. There may have been a degree of self-righteousness in this — although nothing near the self-righteousness represented by the war hawks or American foreign policy itself — but we felt we were right, and in the end we were. We were not, like Bob Kerrey, in Vietnam accidentally or purposefully killing civilians. We were on the streets demanding that yet another injustice, this one aimed at us, be stopped. The undeclared (and, according to international law, illegal) war in Vietnam was the backdrop to our new movement. So were the emerging waves of feminism and the civil-rights and Black Power movements.

One thing I have tried to impress on my students is that without the Vietnam War protests, without “women’s lib,” without the example of the Black Panthers, there would have been no Stonewall riots. There would have been no gay-liberation movement (at least not as it happened in 1969). The queens — and let’s remember that they were aided by the street people in the Village, men and women we would now call homeless — rioted at Stonewall because everybody was rioting; they protested because everyone was protesting. The gay-liberation movement did not comprise a group of nonprofits fundraising and lobbying to change laws; it was grassroots, a groundswell of women and men who had just had enough. The first gay activists’ group was called the Gay Liberation Front — a name we borrowed from the Women’s Liberation Front, which had borrowed it from the National Liberation Front, the Algerian popular front that fought French domination in North Africa. The phrase “Gay is good” was derived from “Black is beautiful.” Gay Power emerged naturally from Black Power. It wasn’t that we were copying other movements, but that we saw ourselves as part of a broader struggle. Gay liberation was possible because the whole society and culture was being transformed. Considering the enormous changes that took place as a result of these movements, it truly was the second American Revolution. There was a decisive break, and afterward things were different for women, people of color, homosexuals, and young people. It may not look like it now — or at least not all the time — but America changed in those years, and all for the better.

I am not — or at least I try not to be — one of those old radicals who complain that Pride has turned into a parade instead of a protest, that the assimilationists have taken over, that the original message of the gay-liberation movement has been lost. Some of that might be true, but I am over complaining about it and can appreciate the floats and the drag queens as well as anyone else. Yet some of my ability to appreciate all that came from living with and loving Walta, who — while having strong, doctrinaire politics — would much rather have donned a Hawaiian shirt and Mardi Gras beads, gotten stoned, and gone to the Pride parade than attended a political meeting or rally. In some deep way, Walta’s death punctured my ability to go to Pride and have fun. The advent of AIDS in my life — and in everyone else’s as well — brought me back to a time when it was clear that Pride events had to be overtly political and angry.

Times have changed. They have changed more than I ever could have imagined at my first Gay Liberation Front meetings in 1969. I never would have imagined Will & Grace on prime-time television. It’s junk, but I enjoy it. I never would have thought that an openly gay male novelist writing about gay people — Michael Cunningham — would win the Pulitzer Prize. I never would have believed that gay proms, gay-straight alliances, and gay support groups would be in high schools. I never would have believed that I could make a living writing (mostly) about gay culture. At the same time, we live in a world in which our most popular and profitable publications sell better by placing straight celebrities on their covers — a decision that makes perfect sense if that is what gay and lesbian readers want to buy. We live in a world where the electronic and print media — even alongside sensitive and smart coverage of homosexuality — have no trouble promoting a completely bogus, unscientific study about “reparative” therapy to turn gay people straight. We live in a world that is still riddled with queer-hating and bashing.

What I tried to get my Dartmouth students to understand is that Stonewall — as both event and historical legacy — was more than something to be celebrated. That Pride was about anger and fighting. And after AIDS came into our lives, it became about death. For me — personally and politically — this is simply the reality of Pride now. It is inseparable in my mind from carrying banners in 1970 that read bring our gay troops home now and wheeling Walta’s wheelchair down Charles Street in 1991 as the Arlington Street Church bells rang out. It is inseparable from reading letters in gay papers in the 1980s bemoaning the fact that drag queens were allowed in the parade, and thinking about the people who would not be there this year because they had died. Life, politics, and time move on. Walta is still dead. Today, gay people fight to get into the army. And drag queens are a mainstay in movies and television. It is still hard for me to think about going to Pride this year, but I am thinking about it. We’ll see what happens.

29 julho 2006

Pacto de União Estável




Alguns cartórios já estão fazendo o registro do pacto, o que pode dar algumas garantias, caso haja interferência da família. Como diz o presidente da Associação dos Cartórios:" Na escritura, deixamos clara a natureza da relação homoafetiva(?) e fazemos constar o que os parceiros querem que ocorra com os bens. Como toda escritura, tem validade jurídica".

Tá, tem validade jurídica, mas e legal, tem?

Vamos falar seriamente sobre o assunto, vamos usar as poucas aberturas legais que temos para fazermos valer os nossos direitos!!!

Enfim!!!





Caiu a resolução 153, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibia que homossexuais, bissexuais e seus parceiros doassem sangue nos hemocentros do País.

Sangue não pode (ou podia), mas nossos impostos tudo bem!!!

em O Globo, de 27/07/06, página 15

Preconceito Oficial

O Globo não permite transcrição da matéria, então resumo aqui:

O CONAR- órgão que regula a propaganda- proibiu a veiculação de uma propaganda do Ministério da Saúde que mostrava uma família aconselhando o filho gay. A alegação é celestina: "choca o núcleo familiar, é constrangedor e tem impacto negativo indiscutível"!!!!!

Deve ser bem menos chocante ver um adolescente com AIDS, gastando os tubos dele e do Governo em remédios.

O pior de tudo: O Ministério nega-se a ceder o filme para campanhas institucionais!!!

(está em O Globo, dia 28/07/06, caderno O PAís, página 15)

Seriedade e Purpurina

O prefeito de Madri vai casas dois colaboradores. Aqui, sequer temos candidatos sérios, dispostos a assumir a luta por várias reivindicações.

O Globo não permite copiar a matéria, daí, segue o endereço:http://oglobo.globo.com/jornal/mundo/285047938.asp

28 julho 2006

Lucky Star




Joe Keenan
My Lucky Star
LITTLE, BROWN AND COMPANY - $24.95

O escritor Joe Keenan - autor da série Frasier, que passa na Sony e vale a pena- acabou de lançar o terceiro livro com os personagens Philip Cavanaugh, Gilbert Selwyn e Claire Simmons. Os dois primeiros - Blue Heaven e Putting on the Ritz - não foram lançados no Brasil, devido à tradicional miopia de nosso mercado editorial. Esperemos que com o sucesso que o terceiro volume vem fazendo lá fora, nosso mercado se anime a lançar os dois livros.
Para quem gosta de tramas cheias de discussões, traições, luxúria, frases espertinhas, este é o livro!
Desta vez, Gilbert convoca os dois amigos para irem a Los Angeles, onde está desenvolvendo um roteiro sobre um episódio da Segunda Guerra Mundial. A trama envolve uma estrela de cinema e seu filho, gay enrustido, e se desenvolve através de traições, chantagem e jogos de poder. Tudo cheio de humor, wit e muito bem escrito.

Para quem quiser maiores informações, na Amazon tem, mas apenas a hardcover, já que a paperback ainda não saiu.

27 julho 2006

Leis...ora as leis...

Nova lei de união civil em Washington

Na última quart-feira a lei estadual de união civil foi derrubada, em mais um golpe no ativismo gay em prol de uma legislação mais igualitária. Mas um dos juízes votou a favor da apresentação de uma nova lei de igualdade de direitos sobre o casamentp. É um diferenciação difícil de explicar em termos leigos. Mas ninguém está otimista a respeito...

"Eu apresentarei a lei de igualdade do casamento", disse o senador Murrayu, o mais velho dos quatro legisladores abertamente gay do Estado, "mas eu não acredito que vá passar na próxima sessão ou em muitas outras à frente". Existe a possiblidade da presente legislatura reverter oato de 1998 chamado de Defesa do Casamentoe legalizar o casamento gay.

Embora Washington seja conhecido como progressista, as pesquisas de opinião mostram uma forte oposição ao casamento gay (ou união civil). Mesmo os políticos liberais têm uma posição neutra na questão. "O sacramento do casamento é uma questão entre duas pessoas e sua fé", disse o governador do Estado, " e não uma questão de Estado, em uma evidente "lavagem de mãos" pública.

É claro que é uma questão de estado, já que há uma diferença enorme em como o Estado trata seus cidadãos com orientação sexual não ortodoxa. E ainda acredito que o uso do termo "casamento" é contraproducente, já que traz à tona a questão religiosa, que não está em jogo.

o artigo completo está na The Advocate, em http://www.advocate.com/news_detail_ektid34627.asp

Piratas Apaixonados




Depp and Bloom: Piratas Apaixonados??

Dizem que todo o público gay gostaria de ver os astros Johnny Depp e Orlando Bloon estrelando uma hot scene gay..Em recente pesquisa feita pela revista Jane, a dupla venceu a pesquisa sobre qual seriam os astros de sonho em uma cena gay. Bom, Johnny Depp já admitiu que o Capitão Jack Sparroy pode jogar em todas....falta o Orlando Bloom. Bom, se desejar as coisas ardentemente tem algum efeito na vida real...

26 julho 2006

Poesia


Difícil encontrar mais informação sobre o autor, mesmo nestes tempos de Net...mas este poema está no livro "Gay & Lesbian Poetry in Our Time - An Anthology", que é baratinho.


Making Love to Myself

When I do it, I remember how it was with us.
Then my hands remember too,
and you're with me again, just the way it was.

After work when you'd come in and
turn the TV off and sit on the edge of the bed,
filling the room with gasoline smell from your overalls,
trying not to wake me wich you always did.
I'd breathe out long and say,
"Hi, Jess, you tired baby?"
You'd say not so bad and rub my belly,
not after me really, just being sweet,
and I always thought I'd die a little
because you smelt like burnt leaves or woodsmoke.

We were poor as Job's turkey but we lived well -
the food, a few good movies, good dope, lots of talk,
lots of you and me trying on each other's skin.

What a sweet gift this is,
done with my memory, my cock and hands.

Sometimes I'd wake up wondering if I should fix
coffee for us before work,
almost thinking you're here again, almost seeing
your work jacket on the chair.

I wonder if you remember what
we promised when you took the job in Laramie?
Our way of staying with each other,
we promised there'd always be times
when the sky was perfectly lucid,
that we could remember each other through that.
You could remember me at my worktable
or in the all-night diners,
though we'd never call or write.

I just have to stop here Jess.
I just have to stop.

13 julho 2006

Aurélia!!!



Axoxique!!!
A pata que o pôs!
A Aurélia é totalmente aurélia!!!!
Se joga, bi!

Não entendeu nada?! Consulte a Aurélia? Apenas R$24,00, aqüé manso!

51, caso venha até aqui!



50 Ways of Saying Fabulous

DIRECTED BY STEWART MAIN


Filmes sobre adolescentes gays não são extamente um fenômeno novo. Existe pouco mais do que insinuações nos filmes dos 60, como O Senhor das Moscas, Last Summer e A Separate Peace. Mas hoje, filmes sobre adolescentes gays e a descoberta de sua condição se transformaram em um grande e moderadamente bem sucedido gênero. Muitos destes filmes são muito bons (Beautiful Thing, Edge of Seventeen, Tarnation, E sua mamãe também, A Little Comfort, Latter Days), e alguns são muito ruins ( Tropical maladay,Pretty Boy). 50 Ways tem muito de bom. Para citar Pauline Kael (uma das maiores críticas de cinema da história), crianças nos filmes nunca são tão interessantes quanto o que acontece com elas, e o autor Stewart Main claramente entendeu isso. Pelo menos, coisas demais acontecem com os personagens do filme.Billy (Andrew Paterson), um sonhador garoto de 12 anos, filho único de um fazendeiro na Nova Zelândia, não se encaixa na turma da pesada dos jogadores de rugby em sua escola. Não é segredo que as crianças são naturalmente cruéis, e este filme deixa isto muito claro. Mas a crueldade freqüentemente se transforma em pura maldade, com freqüentes e rápidas mudanças de lado. A atuação dos garotos é boa e qualquer um que já tenha dirigido garotos pode dizer que conseguir isto é um trabalho de cão. Há alguns momentos muito bons. Roy, com seus olhos tristes (Jay Collins) se apaixona por Billy, e seus truques para ficar um pouco mais de tempo ao lado dele são tocantes. Por sua vez,Billy cai de amores por um empregado novo muito sexy, - e não dá para culpá-lo -Jamir (Michael Dorman) tem um quê de brad Pitt e Juld Law! Muitos de nós vão se reconhecer nos esforços de Billy para ficar perto de Jamie, e vê-lo nu.A partir daí, o filme tem algumas falhas, principalmente devido aos exageros, que prejudicam a credibilidade. Mas, no todo, o filme maneja com esperteza as manobras que muitos de nós enfrentamos no campo minado da descoberta da sexualidade.

Tom Steele

07 julho 2006

Vem aí... será???


The Conrad Boys



Direção de JUSTIN LO
Após a morte de sua mãe, Charlie Conrad , 19 anos,(Justin Lo) precisa abandonar a faculdade em New York para cuidar de seu irmão mais novo, Ben. Suas asas atadas. um frustrado Charlie encontra excitação e romance com Jordan (Nick Bartzen), um charmoso trambiqueiro que se insinua na vida dos dois garotos. Quando o pai alcoólico de Charlie retorna para tentar uma ligação com Ben, o delicado castelo de cartas de Ben começa a ruir. As atuações e a direção são meio desajeitadas, mas o drama dirigido por Justin Lo é um raro retrato da juventude gay.

(Texto Dan Avery, tradução minha).

Será que teremos chance de ver por aqui?

Ars Gloria Ars

Another Wave: Global Queer Cinema

By ANITA GATES
Published: July 7, 2006 (New York Times)


Sori and Manga are young African men in love, which horrifies their parents, their school friends and the women who come to love them. You'd think their story, Mohamed Camara's "Dakan" (1997), made in Guinea, would be something like the West African "Brokeback Mountain." But, surprise, it's a gay "Splendor in the Grass." From the opening shot of a couple necking passionately in a parked car to the scene in which Sori playfully forces Manga to get down on his knees and declare his love, to the couple's final meeting, when Sori has a wife and baby, the movie is part homage to, part imitation of, "Splendor," the 1961 movie that introduced teenage sexual frustration to baby boomers. Natalie Wood's character, Deanie, was packed off to the mental hospital in Wichita, Kan.; Sori is sent away for years to a healer who tries to "purify" him into heterosexuality. Even the dialogue sounds an awful lot like William Inge's screenplay translated into French. "Dakan," which has its American premiere tonight at the Museum of Modern Art's "Another Wave: Global Queer Cinema" survey, is not exactly a masterpiece of subtlety, but as one of the first sub-Saharan films to deal with homosexuality at all, it is significant. The series includes feature films and shorts from more than two dozen countries, including Taiwan, Thailand, Singapore, New Zealand, India, Israel and Ivory Coast. One of the best-known entries is François Ozon's "Water Drops on Burning Rocks" (2000), about a businessman in love during the 1970's. The oldest are Ulrike Ottinger's "Johanna d'Arc of Mongolia," a 1989 German film that has been described as a lesbian "Lawrence of Arabia," and, from the same year, Jim Hubbard's short "Elegy in the Streets."

(Roy and Niuta Titus Theaters, 212-708-9400.)

Lá vem de novo...

Sempre que sai uma notícias dessas, mesmo nos EUA, é um pouco triste para todos nós. Talvez se pararmos de usar a palavra casamento as coisas se tornem mais fáceis, este negócio de sacramento, religião, tudo fica mais difícil.
Para quem quer saber:
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2 Courts Reject Same - Sex Marriage Cases

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: July 7, 2006
Filed at 6:56 a.m. ET
ALBANY, N.Y. (AP) -- Gay rights advocates said their fight to widen same-sex marriage rights beyond Massachusetts would not be deterred by dual setbacks from the highest courts in two states.
On Thursday, the courts rejected same-sex couples' bid to win marriage rights in New York and reinstated a constitutional amendment banning gay marriage in Georgia.
The rulings become part of the nationwide debate that has continued to evolve since a 2003 Massachusetts court decision ushered in a spate of gay marriage controversies from Boston to San Francisco. Many activists viewed liberal New York as a chance for a court victory in a populous state.
Matt Foreman, executive director of the Washington-based National Gay and Lesbian Task Force, acknowledged the sting of that decision but said the fight will continue.
''This is something that is going to work itself out over the next 10 or 15 years, ultimately through the U.S. Supreme Court or an act of Congress,'' he said.
The Court of Appeals ruled 4-2 that New York's law allowing marriage only between a man and a woman was constitutional.
''Clearly, in bringing the case and pushing it as hard as they did, it's pretty good evidence that they thought they had a substantial chance of victory,'' said Ohio State University law professor Marc Spindelman, who tracks lesbian and gay legal issues. ''It's hard to read the decision as anything other than a rebuff of gay and lesbian couples.''
In Georgia, where three-quarters of voters approved a ban on gay marriage when it was on the ballot in 2004, the state Supreme Court reinstated the ban Thursday, ruling unanimously that it did not violate the state's single-subject rule for ballot measures.
Lawyers for the plaintiffs had argued that the ballot language was misleading, asking voters to decide on same-sex marriage and civil unions, separate issues about which many people had different opinions.
High courts in Washington state and New Jersey are deliberating cases in which same-sex couples argue they have the right to marry. A handful of other states have cases moving through lower courts.
Forty-five states have specifically barred same-sex marriage through statutes or constitutional amendments. Massachusetts is the only state that allows gay marriage, although Vermont and Connecticut allow same-sex civil unions that confer the same legal rights as heterosexual married couples.
The New York court said any change in the state's law should come from the state Legislature, Judge Robert Smith wrote. The decision said lawmakers have a legitimate interest in protecting children by limiting marriage to heterosexual couples. It also said the law does not deny homosexual couples any ''fundamental right'' since same-sex marriages are not ''deeply rooted in the nation's history and tradition.''
Advocates from the ACLU, Lambda Legal and other groups marshaled forces for the court fight and sued two years ago. Forty-four couples acted as plaintiffs.
''There's no question they looked to New York as a place where they could win,'' said Mathew Staver, president of Liberty Counsel, a conservative legal group based in Florida. ''It would have been a major victory for them. Instead it's a stunning defeat for the same-sex marriage movement.''
Alan Van Capelle, executive director of the gay rights group Empire State Pride Agenda, said his organization would immediately launch a campaign to press the legislature to pass a gay marriage bill in 2007.
New York Attorney General Eliot Spitzer, a Democrat leading in polls in the governor's race, has said he favors legalizing gay marriage and New York City Mayor Michael Bloomberg said he would personally campaign to change the law. Spitzer's office argued in court in support of outgoing Gov. George Pataki's contention that state law prohibits issuing marriage licenses to same-sex couples.