13 julho 2006

51, caso venha até aqui!



50 Ways of Saying Fabulous

DIRECTED BY STEWART MAIN


Filmes sobre adolescentes gays não são extamente um fenômeno novo. Existe pouco mais do que insinuações nos filmes dos 60, como O Senhor das Moscas, Last Summer e A Separate Peace. Mas hoje, filmes sobre adolescentes gays e a descoberta de sua condição se transformaram em um grande e moderadamente bem sucedido gênero. Muitos destes filmes são muito bons (Beautiful Thing, Edge of Seventeen, Tarnation, E sua mamãe também, A Little Comfort, Latter Days), e alguns são muito ruins ( Tropical maladay,Pretty Boy). 50 Ways tem muito de bom. Para citar Pauline Kael (uma das maiores críticas de cinema da história), crianças nos filmes nunca são tão interessantes quanto o que acontece com elas, e o autor Stewart Main claramente entendeu isso. Pelo menos, coisas demais acontecem com os personagens do filme.Billy (Andrew Paterson), um sonhador garoto de 12 anos, filho único de um fazendeiro na Nova Zelândia, não se encaixa na turma da pesada dos jogadores de rugby em sua escola. Não é segredo que as crianças são naturalmente cruéis, e este filme deixa isto muito claro. Mas a crueldade freqüentemente se transforma em pura maldade, com freqüentes e rápidas mudanças de lado. A atuação dos garotos é boa e qualquer um que já tenha dirigido garotos pode dizer que conseguir isto é um trabalho de cão. Há alguns momentos muito bons. Roy, com seus olhos tristes (Jay Collins) se apaixona por Billy, e seus truques para ficar um pouco mais de tempo ao lado dele são tocantes. Por sua vez,Billy cai de amores por um empregado novo muito sexy, - e não dá para culpá-lo -Jamir (Michael Dorman) tem um quê de brad Pitt e Juld Law! Muitos de nós vão se reconhecer nos esforços de Billy para ficar perto de Jamie, e vê-lo nu.A partir daí, o filme tem algumas falhas, principalmente devido aos exageros, que prejudicam a credibilidade. Mas, no todo, o filme maneja com esperteza as manobras que muitos de nós enfrentamos no campo minado da descoberta da sexualidade.

Tom Steele

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