Cinco coisas que um autêntico grupo pró-GLTB deveria fazer:
1) Mais que simplesmente lutar pelo "casamento gay", o movimento gay deve trabalhar para que todos os espectros de famílias - casados e tbem não tradicionais- tenham o suporte econômico e social para ser saudável e feliz. Isto quer dizer treinamento em casa para proporcionar uma atividade que traga rendimento à família, para que o convívio com os parentes seja menos traumático. O peso do conforto monetário no quadro de convivência diário nunca deve ser subestimado.
2) Os grupos gays deveriam trabalhar em conjunto com os sindicatos e grupos de trabalhadores para que sejam assegurados direitos básicos e também sejam trabalhados novos enfoques, tais como licença maternidade e paternidade para casais não tradicionais; parceria doméstica para qualquer tipo de casal; participação nos lucros, envolvimento do empregador e influência nas decisões do empregador.
3) Os grupos gays deveriam trabalhar com grupos religiosos nos assuntos que interessem a ambos os grupos, além de investir seriamente na separação efetiva de Igreja e Estado. É preciso fazer com que a Igreja veja a importância que a mobilização gltb pode vir a ter no alcance do bom êxito do trabalho.
4) Os grupos gays deveriam atuar junto aos grupos de seguro saúde, incluindo participação na discussão de métodos de controle de natalidade e também métodos de combate à AIDS que não sejam baseados na abstinência sexual.
5) Os grupos gays deveriam estimular a participação da comunidade gltb nos assuntos que interessem diretamente à comunidade, procurando conseguir uma representação dentro das associações de amigos de bairro ou semelhantes. A partidarização do movimento glbt pode ser extremamente contraproducente, já que , tradicionalmente, o movimento partidário é mais conservador.
É claro que mais coisas podem ser feitas, mas é importante que o movimento tenha maior visibilidade fora do esqueminha folclórico de "quero casas vestido de noiva...", estes posicionamentos de transferência que apenas reforçam o ideário preconceituoso.
Os cinco passos são uma idéia que copiei e adaptei do Michael Bronski, escritor e ativista americano. Em um país como o nosso, carente de quase tudo que é básico, pode parecer supérfluo este tipo de luta, mas é preciso que os horizontes sejam expandidos e não limitados à nossa incapacidade de desenvolver um país decente.
04 agosto 2006
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