O texto abaixo eu tirei do grupo Ursos do Rio, no Yahoo, postado pelo Alexandre.
MOSCOU (Reuters) - Os defensores de direitos dos homossexuais devem ignorar uma proibição oficial e realizar uma passeata em Moscou nesta semana, em meio a alertas feitos por membros da comunidade de que o ato servirá apenas para alimentar os preconceitos numa Rússia homofóbica.
Nikolay Alexeyev, organizador do festival gay que culminará na passeata de sábado, disse que o evento mostrará aos russos que a comunidade homossexual não é uma ameaça à sociedade.
Mas em uma cultura onde os líderes religiosos colocam a homossexualidade ao lado de crimes como assassinatos e skinheads tentam invadir boates gays, alguns homossexuais preferem a discrição.
"Acredito que chegou o momento de sairmos às ruas e dizer que desejamos ter direitos iguais. Estamos pagando nossos impostos como qualquer outro cidadão", afirmou Alexeyev, de 28 anos.
A prefeitura de Moscou proibiu a passeata, classificando-a de uma "afronta à sociedade", e membros da extrema direita prometeram atacar os que participarem dela. Mas Alexeyev disse que o ato seria realizado, queiram ou não.
"A questão principal é a luta contra a homofobia e a discriminação. Estamos pedindo às autoridades que proíbam a discriminação baseada na orientação sexual", afirmou.
Mas outros ativistas criticaram as táticas do grupo, dizendo que demonstrações públicas desse tipo correm o risco de minar os ganhos obtidos desde 1993, quando a homossexualidade deixou de ser crime.
Nikolay Alexeyev, organizador do festival gay que culminará na passeata de sábado, disse que o evento mostrará aos russos que a comunidade homossexual não é uma ameaça à sociedade.
Mas em uma cultura onde os líderes religiosos colocam a homossexualidade ao lado de crimes como assassinatos e skinheads tentam invadir boates gays, alguns homossexuais preferem a discrição.
"Acredito que chegou o momento de sairmos às ruas e dizer que desejamos ter direitos iguais. Estamos pagando nossos impostos como qualquer outro cidadão", afirmou Alexeyev, de 28 anos.
A prefeitura de Moscou proibiu a passeata, classificando-a de uma "afronta à sociedade", e membros da extrema direita prometeram atacar os que participarem dela. Mas Alexeyev disse que o ato seria realizado, queiram ou não.
"A questão principal é a luta contra a homofobia e a discriminação. Estamos pedindo às autoridades que proíbam a discriminação baseada na orientação sexual", afirmou.
Mas outros ativistas criticaram as táticas do grupo, dizendo que demonstrações públicas desse tipo correm o risco de minar os ganhos obtidos desde 1993, quando a homossexualidade deixou de ser crime.
DISCRETA REVOLUÇÃO
O vice-presidente do Parlamento russo, Lyubov Sliska, do partido Rússia Unida, é apenas um dos muitos membros do establishment contrários à passeata.
"Algumas pessoas dizem que a proibição da parada gay fere os direitos humanos", afirmou a repórteres. "Vários milhões de pessoas que moram em Moscou não desejam que esses homossexuais realizem esse evento. Quem defenderá o direito dessas pessoas?"
Muito tempo ainda terá de transcorrer até que o país mude de atitude e aceite a homossexualidade, afirmou Ed Mishin, de 33 anos, fundador da revista Queer, do site www.gayrussia.ru e de uma loja de produtos gays.
"Não devemos aparecer gritando nas telas de televisão. Sou favorável a uma revolução discreta", disse, alegando que a discussão aberta sobre esses assuntos provocava homofobia como os que obrigaram a polícia a esvaziar, no final de abril, os Três Monges, uma boate gay de Moscou.
"Isso não levou a nenhum tipo de união maior entre os gays, e a homofobia apenas aumentou. Agora, as autoridades vêem os grupos gays com suspeita", disse.
Por Oliver Bullough
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