09 maio 2006

Beleza

Mário Faustino morreu em 1962, em um acidente aéreo, aos trinta e dois anos. Crítico no JB, era famoso pelos comentários ácidos. Sua poesia, porém, guarda momentos líricos dificilmente encontráveis nos escritos de seus contemporâneos. Abaixo, um trecho do poema “Solilóquio”, que eu acho o máximo.

Solilóquio

Tudo o que importa é ser maravilhoso.(.....)-
Eu mesmo sou o encantador do mundo!
Seres e estrelas brotam de meus lábios...
E morro deste belo sofrimento de ser maravilhoso!-
Ah, quem pudesse
Gritar à noite e ao tempo essas palavras
e partir pelo vento semeando versos
e terminando a criação da terra...”
Também tem outro poema que começa: "Sinto que o mês presente me assassina...". Não dá vontade de saber mais?

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